11.3.05

Não é nada, não. Mas eu sei.

Há a dúvida de realizar meu imediato lirismo que inevitavelmente será pudor depois, ridículo. Ou exercer o rísivel agora mesmo, fazer troça de toda essa impregnação de despojos. Poderia esboçar uma tangente, falando (mal) da imprensa, o presidente na bolha de oxigênio, a penúltima gravação de I can´t get started ou de como leio, mesmo e demais, Cortázar. Desde a criancinha carrego essa bandeira estampada "arrogância, sim; pedantismo, jamais." Como um tango, mesmo sem rosas na boca, você sempre se expõe. Ao mesmo tempo que ninguém me convence mais de me interpelar por "você", tá? E o monólogo? esgotado? Que nada, não enche. Não é porque algo vem entre aspas que o empacotamento é industrial. Tudo aí, bastaria fazer. Ainda paro de espelhar, dia desses, vou ter perdido todo o rancor.

(Vemos todos que ela -nem eu me convenço desse recurso de "distanciamento", mas sabe-se lá a sua ingenuidade- não sabe o porque nem o como.)

Meu retorno? Saudades. Comentaremos (e exaustivamente) no decorrer. Por enquanto estou sem as foices. As paredes agora caem, cada estrondo comovente. Não teço mais meus casulos, nunca serei uma libélula; desejo de tacar fogo pra delinear a labareda. No mais, ainda esqueço onde se acentua "difícil", habitualmente.

0 O mundo em ti:

Postar um comentário

<< Home