16.3.05

Pois se percebe primeiro o diferente?

Elas me sustentavam, mesmo. Qualquer um entende como é ser isso. Eu percebi no dia que diferenciei uma imagem em meio a todas as frases soltas ou organizadas em ruídos de sustentação, que me mantinham intacta. Não foi nada que me espantasse vertiginosamente, foi mais a constatação da lacuna, como um outdoor na frente de um jardim, às vezes me deparo com imagens que são menos que uma recordação, como uma estática lasca da memória, gravura. A que pulou, naquela hora, pode ter sido a casinha amarela da minha escolinha ou a vitrine que um dia se ergueu no meu nariz, mas todo o visual ali foi interpretado como uma: imagem. Achei bonito. Não percebi como aquilo era grave, como este texto aqui veio de lá.

Eu achava que elas davam conta. Ainda ajo, na verdade, mas um dia convenço,... meus argumentos, tão bons argumentos. Hoje, elas me envergonham tanto por serem assim, falíveis e impotentes. E tanto mais elas me afligem agora que as sei contestáveis. Conheço-as. Sei que quando você penetra surdamente e elas te dão a chave, tudo o mais é sincero e exato. No fim das contas, elas já sabem de tudo e você também, querida, ao silêncio e avante.

0 O mundo em ti:

Postar um comentário

<< Home