Minha vizinha chamou o guarda florestal
-Como assim? Esse monte de sujeira chama os ratos! Tudo imundo, olha lá. Quanta sujeira... cai daquela árvore ali, e o tamanho dela! tá pra cair, olha lá, é dia desses.
-A árvore está sadia, minha senhora. E é protegida por lei.
- É? E o que a lei faz com isso? Esse monte de ratos e ninguém faz nada! A árvore emporcalha todo o meu chão, suja tudo e agora tá sendo bem em cima das roupas do meu varal!
-Sugiro que a senhora mude seu varal de lugar. Não podemos retirar está árvore daqui.
Enraivescida, a vizinha começou a berrar alucinadamente. Até que o guarda, impassível, concluiu como um pedido de desculpas:
-Mas, minha senhora, esta paineira pertence a União!!
-A árvore está sadia, minha senhora. E é protegida por lei.
- É? E o que a lei faz com isso? Esse monte de ratos e ninguém faz nada! A árvore emporcalha todo o meu chão, suja tudo e agora tá sendo bem em cima das roupas do meu varal!
-Sugiro que a senhora mude seu varal de lugar. Não podemos retirar está árvore daqui.
Enraivescida, a vizinha começou a berrar alucinadamente. Até que o guarda, impassível, concluiu como um pedido de desculpas:
-Mas, minha senhora, esta paineira pertence a União!!
4 O mundo em ti:
monte de sujeira: "-- Ratos! Ei, ratos! Venham aqui!"
ratos: "-- Estamos indo! Estamos indo!"
Ao menos essa abstração federativa serve para alguma coisa. O bom mesmo seria poder trocar de vizinha...
Por outro lado, a União que se foda. A vizinha podia amarrar umas penas na cabeça, incendiar a árvore (e o lixo, e os ratos, sei lá), e ainda fazer ú-bú-bú-bú em roda da fogueira.
Genial. A União, aqui representada por esta paineira, pode SIM, florir, cair, desfolhar-se de forma a macular, até perenemente, quaisquer roupas eventualmente sob ela estendidas, criar montes de sujeira, e até chamar os tais ratos; e não há nada que essa ensandecida senhora possa fazer, não, não.
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